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Sorgo: descoberta de gene pode triplicar a produção do grão

Brasil Agricultura

Ainda pouco consumido pelos brasileiros, o sorgo é um ótimo substituto para o trigo em preparos de bolos, biscoitos e pães. Além disso, é rico antioxidantes, compostos capazes de atrasar ou inibir a oxidação de substratos que leva ao envelhecimento das células. Do ponto de vista do cultivo, se destaca pela elevada resistência à seca e ao calor. Uma recente pesquisa do Laboratório Cold Spring Harbor, revelou como aumentar ainda mais os benefícios desse cereal.

Graças à biotecnologia, cientistas dos Estados Unidos descobriram como multiplicar por três a quantidade de grãos por planta. O trabalho foi publicado em fevereiro de 2018 na revista científica Nature Communications.

O primeiro passo para a descoberta foi o sequenciamento do genoma de uma variedade de sorgo com alta produtividade. Ela havia sido obtida alguns anos antes pelo Dr. Zhanguo Xin do Serviço de Pesquisa em Agricultura do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) por meio de mutação quimicamente induzida. Essa é uma técnica utilizada há muitas décadas para promover variações genéticas em plantas.
Depois disso, entrou em cena a equipe da Drª Doreen Ware, do Laboratório Cold Spring Harbor. Ao analisarem o DNA do sorgo, o grupo descobriu um gene responsável pela produção de um hormônio vegetal. Você deve estar se perguntando qual a relação disso com a produtividade, não é mesmo? Acontece que esse hormônio evita a produção de sementes. Assim, quando os cientistas inibiram a ação do gene, menos hormônio foi produzido e, consequentemente, três vezes mais sementes apareceram na planta.

A descoberta pode ser útil para aumentar também a produtividade de outras culturas de grãos de alta demanda, como arroz, trigo e milho.
credita-se que o sorgo (Sorghum bicolor) surgiu nas estepes e savanas da África Central e Meridional, na região onde hoje se localizam a Etiópia e o Sudão. Lá ele foi domesticado há aproximadamente 4.000 anos e depois levado à Índia e China.

Por ser uma cultura tropical, é muito tolerante a altas temperaturas e seu cultivo é facilitado em países quentes. Hoje alimenta, segundo estimativas, 300 milhões de pessoas em países em desenvolvimento. É usado em forma de farinhas como base para pães, biscoitos, mingaus e até cerveja. Pode ser cozido como arroz e até mesmo estourado como pipoca.

Com o avanço da biotecnologia, o sorgo (modificado geneticamente ou não) aparece como uma alternativa a outros grãos menos resistentes a condições como o calor e a falta d’água. O cereal é nutritivo e pode ser aliado da produção sustentável de alimentos ao ser cultivado em regiões onde outras plantas são inviáveis.

Sorgo como alternativa ao glúten
No Brasil, o sorgo é muito utilizado na indústria de rações para animais. Entretanto, o cereal vem, aos poucos, ganhando importância na alimentação humana. De sabor neutro, pode ser usado como alternativa ao trigo na produção de alimentos sem glúten, uma vez que algumas pessoas apresentam hipersensibilidade a essa proteína.

A Empraba Milho e Sogro, localizada em Minas Gerais, vem pesquisando as qualidades nutricionais do cereal há mais de uma década. A equipe da nutricionista Valéria Queiroz, pesquisadora da unidade, descobriu que o sorgo possui:

Altos teores de ferro, zinco, proteínas, fibras e vitamina E;
Compostos fenólicos com alta capacidade antioxidante;
Fibras que fazem bem ao intestino e proporcionam saciedade;
Antocianinas, ácidos fenólicos, taninos e amido resistente.

CSHL e Embrapa

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