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Brasil e Argentina intensificam cooperação na área agrícola

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A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 46 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, recebeu hoje (10/11) a visita da diretoria do INTA – Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuaria, da Argentina.

 

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Diretoria do INTA visita a Embrapa para identificar novas áreas de pesquisa para futuras parcerias.

A delegação, composta pelo presidente do Instituto, Francisco Anglesio; o vice-presidente, José Catalano; o diretor nacional, Eliseo Monti, e a diretora de relações internacionais, Ana Cipolla, veio acompanhada do diretor de Transferência de Tecnologia, Waldyr Stumpf, e foi recebida na Unidade pelo chefe-geral, José Manuel Cabral, e pela chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Marília Burle. O objetivo foi conhecer melhor o trabalho desenvolvido nas áreas de recursos genéticos e biotecnologia para estreitar a parceria entre as duas instituições.

Primeiro, o chefe-geral fez uma apresentação sobre o programa de pesquisa e desenvolvimento da Unidade, que conta hoje com 55 projetos nas áreas de recursos genéticos, biotecnologia e controle biológico de pragas.

Em relação à conservação e uso sustentável de recursos genéticos de plantas, animais e microrganismos, Cabral falou sobre os mais de 200 bancos mantidos in situ, ou seja, nos locais de origem das espécies, distribuídos por todas as regiões brasileiras, além das espécies conservadas ex situ no Banco Genético da Embrapa sob a forma de sementes e mudas in vitro para vegetais e sêmen e embriões congelados para animais e também das coleções de microrganismos. Ao todo, o sistema é responsável pela conservação de aproximadamente 250 mil acessos entre plantas, animais e recursos microbianos.

A diretoria do INTA se interessou muito em saber como a Embrapa mantém todo esse sistema de conservação. A chefe de P&D, Marília Burle, explicou que as ações são custeadas com recursos da Embrapa, do governo federal, a partir de quatro redes de pesquisa: vegetal, animal, de microrganismos e uma transversal, que engloba as pesquisas de agregação de valor a recursos genéticos, como biotecnologia, genômica e nanotecnologia, entre outras.

A diretora de relações internacionais mostrou interesse também em saber como é feito o intercâmbio de material genético microbiano com empresas privadas. Cabral explicou que esse processo é conduzido a partir de contratos, que rendem royalties para a Embrapa. Ele citou como exemplo os bioinseticidas produzidos por uma empresa privada do Distrito Federal com base na coleção de bactérias entomopatogênicas (específicas contra os insetos) da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Hoje, essa coleção conta com mais de 2.300 estirpes de bactérias nativas, coletadas em solo brasileiro, caracterizadas e conservadas pelos pesquisadores da Unidade.

Biotecnologia: pesquisa para desenvolvimento de plantas de algodão resistentes ao bicudo pode ser um dos focos da parceria
Depois, a comitiva argentina visitou o Laboratório de Biologia Sintética, onde assistiu a apresentações dos pesquisadores Elibio Rech e Luciano Paulino sobre biologia sintética e nanotecnologia, respectivamente, que têm como objetivo geral prospectar genes na biodiversidade para agregar valor aos produtos do agronegócio, a partir da produção de moléculas e proteínas sintéticas, produzidas em laboratório.

No Laboratório de Engenharia Genética aplicada à Agricultura Tropical, os dirigentes do INTA foram recebidos pelo pesquisador Francisco Aragão que falou sobre as pesquisas de biotecnologia voltadas ao desenvolvimento de plantas resistentes a doenças, especialmente vírus e fungos.

O último laboratório visitado foi o de Interação Planta-Praga, onde os visitantes foram recebidos pela pesquisadora Fátima Grossi. Ela falou sobre as pesquisas desenvolvidas para geração de plantas resistentes a insetos-praga. A comitiva demonstrou especial interesse pelas pesquisas voltadas à produção de plantas GM (geneticamente modificadas) de algodão com resistência ao bicudo, que é uma praga bastante nociva à agricultura do Brasil e também da Argentina.

Evento em 2015 entre os dois países vai concretizar a cooperação entre as instituições

Segundo o chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, nesta visita ao Brasil, a diretoria do INTA está conhecendo várias unidades da Embrapa para prospectar temas de interesse para a formação de futuras parcerias.

Em 2015, provavelmente, em abril, será realizado em evento grande na sede da Embrapa para discutir formalmente as áreas prioritárias nas quais essas cooperações serão implementadas.
O novo Banco Genético da Embrapa

Por fim, a delegação argentina conheceu o novo Banco Genético da Embrapa. Inaugurado em abril de 2014, esse espaço de mais de dois mil metros quadrados, é pioneiro no Brasil, pois reúne em um só lugar as pesquisas para conservação e uso sustentável de plantas, animais e microrganismos.

Os diretores do INTA visitaram a câmara fria para conservação de sementes a longo prazo a 20ºC abaixo de zero, onde podem permanecer por cerca de 100 anos. Hoje, o banco de conservação de sementes da Embrapa já é o maior do Brasil e da América Latina, com mais de 120 mil amostras de cerca de 700 espécies conservadas. Com a construção do novo Banco, a capacidade de armazenamento de sementes passou para 750 mil.

Os dirigentes conheceram também os criobancos (nos quais o material genético é congelado em nitrogênio líquido) e os bancos de DNA para conservação de plantas, animais e microrganismos.

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