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Competitividade da soja brasileira passa pelo investimento em logística

Agricultura Brasil

Com o aumento da demanda mundial por alimentos nos próximos anos, o Brasil assume papel de destaque como fornecedor de grãos, sobretudo a soja. Entretanto, a competitividade da produção nacional dependerá de investimentos em logística. O assunto foi pauta de palestras e painéis durante o VII Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2015, que estão sendo realizados em Florianópolis (SC).

De acordo com o economista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Warren Preston, o Brasil deverá ser responsável por suprir de 30 a 40% do aumento da demanda mundial por alimento. Isso porque, diferentemente do país norte-americano, que não tem grande potencial para aumentar sua produção, o Brasil ainda tem novas áreas para serem transformadas em lavoura e tem capacidade de aumentar sua produtividade.

Entretanto, segundo ele, será necessário maior investimento em logística para o escoamento da produção.

"Mesmo com o alto custo de transporte, a soja brasileira ainda tem uma vantagem competitiva. Mas é preciso investir em logística", alertou.

Para o consultor em logística da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, a falta de infraestrutura de transporte pode comprometer a exportação e já tem reprimido a produção de grãos em algumas regiões brasileiras.

"Fizemos um levantamento que mostrou que no ano passado nós deixamos de produzir 4 milhões de toneladas de soja e milho por serem locais onde não compensava produzir, porque o custo para tirar não ia deixar margem para o produtor. Qualquer variação no preço do grão ou piora nos preços logísticos, acaba inviabilizando a produção", afirma.

De acordo com Fayet, com os investimentos atuais, a projeção é que somente em 2025 o Brasil tenha uma estrutura portuária com capacidade de atender à demanda de exportação atual do setor. Considerando a projeção de aumento da produção e o ritmo de melhoria da infraestrutura, seriam necessários de 18 a 20 anos para haver um equilíbrio entre a oferta e demanda.

"Nós precisamos de liberdade para o setor privado investir no setor portuário. Se tiver liberdade de fato, conforme quer a presidente Dilma, nós resolveremos o problema de portos, que é o problema fundamental. Com maior ou menor dificuldade, nós vamos chegar aos portos", analisa Fayet.

Nesse cenário, a logística de escoamento da produção de Mato Grosso tem especial destaque. Projetos como o da concessão da BR-163 de Sinop (MT) até Santarém (PA), a construção das ferrovias ligando Lucas do Rio Verde (MT) a Uruaçu (GO) e Sinop a Santarém e a viabilização das hidrovias dos rios Arinos, Juruena, Teles Pires e Tapajós reduziriam em mais de 50% o custo do frete na exportação da soja. Boa parte destas obras já está em fase de estudo de viabilidade e fazem parte do Plano de Investimento em Logística do Governo Federal.

Da mesma forma, o custo do escoamento na região Sul do Brasil pode ser reduzido com a maior utilização de hidrovias nos rios Tietê, Paraná, Paraguai e Uruguai. A situação se repete para os países produtores de grãos do Mercosul, como Argentina Uruguai, Paraguai e Bolívia que têm os rios Paraguai, Uruguai e Prata como canais de exportação.

De acordo com o diretor do Estúdio Hermida e Associados, da Argentina, Raúl Hermida, para que essa realidade seja possível, é preciso maior integração regional, equilíbrio macroeconômico e governança dos países envolvidos.

A programação de palestras, painéis e apresentação de trabalhos do Congresso Brasileiro de Soja continua até quinta-feira, no Centro de Convenções CentroSul, em Florianópolis.

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